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domingo, 30 de junho de 2013

Inspirações IV

      Está talvez seja a minha fonte de inspiração que se apresente de forma mais singela. Uma música simples, com uma letra direta que transmite em poucas palavras o ideal defendido por este Blog.
      

    Por ser uma banda hippie, Ventania (nome da banda e também o apelido do compositor/vocalista/violeiro) pode não ser bem aceita por muitas pessoas, devido a sua filosofia de vida livre e consumo de substâncias alucinógenas, no entanto, para o propósito ao qual quero usar uma de suas canções esse fator não tem relevância alguma, pra quem não gostar do estilo, sugiro que atenha-se apenas ao mensagem transmitida na letra.

Ventania
       Esse poeta maluco, expressa a vontade que temos de deixar os problemas e as dificuldades de se viver nessas cidades tumultuadas, de uma sociedade cheia de regras tolas, desse mundo cinza que acaba nos deprimindo e desanimando. E assim ele fez, ainda bem jovem caiu na estrada, pedindo carona, fazendo e vendendo seus artesanatos, e tocando suas composições nas rodas de malucos. Embora hoje  Ventania admite estar instalado em apenas uma cidade, não deixou sua filosofia de vida simples de lado.

      Ventania não fugiu pro matagal literalmente, mas ele conseguiu transmitir a mensagem de como poderia ser a vida no mato, livre, simples e descomprometida. Fazer seu pãozinho de manhã, tomar uma chimarrão, tocar violão, curtir a natureza, ou seja, simplesmente viver. Sempre me questiono, será que realmente precisamos mais do que isso? 

     Se tivéssemos apenas o dever de cumprir com nosso trabalho de subsistência, e abandonar a ideia de que devemos ter acumular bens materiais e capital, talvez a vida não nos pareceria assim tão dura e complicada. Como disse o próprio Ventania em entrevista ao Jô Soares "Quando vi estava preso num pé de alface!". E realmente o que nos deixa presos a essa vida, são coisas tão insignificantes, é fácil deixá-las pra trás, mas mesmo assim não conseguimos. Quantas vezes já me vi com uma mochila nas costas, meu violão na mão, caminhando numa estrada com destino incerto. Nos falta coragem? Onde está o nosso espírito aventureiro?

Ventania - Marasmo

Vou fugir desse marasmo
Vou sair da capital
Vou fugir desse marasmo,
Vou morar no matagal.
No mato a gente anda descalço
E pode tomar banho nu
No mato a gente anda descalço
E pode tomar banho nu
E de manha fazer chapati
E a tarde eu tomo um chimarrão
Se a noite eu faço uma fogueira
Vou tocar meu violão.

E vai rolar o som, vai rolar o som.
E vai rolar um bom
E vai rolar o som, vai rolar o som
E vai rolar um bom.

Eu já fugi desse marasmo
Já sai da capital
Já fugi desse marasmo
Vim morar no matagal
No mato a gente anda descalço
E pode tomar banho nu
No mato a gente anda descalço
E pode tomar banho nu
E de manha fazer chapati
E a tarde eu tomo um chimarrão
Se a noite eu faço uma fogueira
Vou tocar meu violão.

E vai rolar o som, vai rolar o som.
E vai rolar um bom
E vai rolar o som, vai rolar o som
Até o dia clarear

      


       Essa é uma outra versão da canção do Ventania, aparentemente um outro artista independente resolveu criar sua própria versão, com outra roupagem, a música ficou igualmente excelente. Ela está disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=_YkX9tEuNfU


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