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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Viajar

      Há pouco tempo, olhando as fotos de uma amiga no Facebook, me deparei com um álbum cujo o título é "Viajar é trocar a roupa da alma", uma frase de Mário Quintana que descreve perfeitamente o sensação de viajar e conhecer novos lugares.

      Esse assunto me remete a falar sobre um dos trechos interessantes do filme 'Na Natureza Selvagem', as conversas do jovem Supertramp com o Sr. Ronald Franz. Apesar de o tema viajar estar presente em todo o filme, há uma parte em especial, em um dos diálogos entre esses dois.

Imagem extraída  do filme Into The Wild
      No início da 2ª hora de filme, Alex revela a Franz que o seu objetivo é ir para o Alasca, ele então é indagado pelo velho "Rapaz de que você está fugindo?". Em resposta Supertramp diz que poderia fazer-lhe a mesma pergunta, no entanto ela já saberia a resposta, então ele volta-se para Ron e diz a ele que deve sair de casa, pegar a estrada e viajar, que ele ainda tinha muito para viver. Na sequência, com um bastante esforço, Ron sobe o morro e junta-se ao rapaz para terminarem a conversa, momento em que Alex exprime outra de suas frases marcantes "As pessoas precisam mudar o modo de ver as coisas".

     Muitas vezes ao conversar com pessoas de uma certa idade é comum ouvir delas a seguinte frase "Gostaria de ter tido a oportunidade de viajar mais quando era jovem!", sempre com um certo ar de frustração. Vários motivos podem ter impedido essas pessoas de deixarem seus lares para conhecer outros cantos do mundo, não cabe a nós julgarmos se as decisões deles foram certas ou não. Por outro lado, algumas pessoas de idade sempre tem na ponta da língua alguma história sobre algum lugar pra onde viajaram e que, indubitavelmente, ficou marcado em suas memórias. Meu conselho, nunca percam uma oportunidade de viajar!

       Nosso estilo de vida moderno quase não nos deixa tempo pra curtir a vida. Os feriados estão aos poucos sendo suprimidos pelas necessidades mercantis financeiras. Só nos restam as férias, e estas, muitas vezes são negociadas. Ouço muito por aí "Vou vender minhas férias, juntar uma graninha, não tenho mesmo pra onde ir!" Errado! Nem sempre é necessário ter uma boa reserva de dinheiro pra se viajar, existem diversas opções e alternativas para tornar o sonha de viajar acessível. E se ainda assim estiver pensando em não gastar dinheiro, leve em consideração o bem estar que isso trará pra você, não será melhor estar descansando em uma pousada do que trancado em um escritório, pendurado ao telefone? Pense bem! (Ah sim! Quero deixar claro que não tenho nenhuma agência de turismo hehe).
       
       Não devemos ter o pensamento de que viajar não é pra qualquer um, que é só pra quem tem dinheiro pra esbanjar. É lógico que devemos dar atenção as necessidades básicas e essenciais primeiro, e talvez, viajar seja algo essencial também. Mudar o modo como vemos as coisas e também mudar o modo de agirmos, temos que parar de tratar o lazer como a ultima atividade a ser feita, se der tempo. O tempo não para, aproveite-o, ou lamente depois.

   
   Ao longo dessa minha curta existência tive oportunidade de fazer algumas viagens, não tantas quanto gostaria de ter feito, mas ainda posso fazer, e sei muito bem que a sensação de viajar causa um bem estar tremendo em nosso ser. E podem apostar, muitas de minhas melhores lembranças são destas viagens,  e é com isso que pretendo alimentar minha felicidade. Em minha velhice quero ter histórias pra contar, sobre lugares que visitei, sobre o que vi, vivi, e senti, de tudo que pude desfrutar rodando por esse vasto mundão.


        Existem tantos lugares para serem conhecidos, tantas culturas e hábitos para serem compartilhados. Nas palavras de Supertramp "O âmago do espirito humano pede por novas experiências". Devemos absorver um pouco de tudo o que há de bom nesses lugares novos, e isso acontece involuntariamente, basta observar-se ao regressar para seu lar, vindo de um lugar diferente dos habituais, e verá que algumas atitudes e comportamentos seus mudaram, normalmente pra melhor, isso tudo aconteceu porque você trocou a roupa de sua alma.




"Pela janela do ônibus olho para trás e me despeço da minha cidade, com os olhos fitando a paisagem já conhecida. Na mente apenas uma certeza, de que em um novo lugar maravilhoso estarei desembarcando logo mais. E pela estrada sigo admirando ao contorno de cada curva uma nova e impressionante paisagem."






Quantos de vocês sentiram vontade de preparar uma mochila e sair agora mesmo em busca de uma nova aventura???
Então não se prendam, deixem esse impulso que vos tomou agir. 

Pegue sua mochila e caia na estrada, com ou sem destino!


terça-feira, 28 de maio de 2013

Construções Ecológicas

     Para se viver junto a natureza é indispensável viver também de maneira ecologicamente correta, pois se você pretende aproveitar o melhor do meio ambiente, deve fazer o máximo possível para que sua presença não seja prejudicial à natureza.

Projeto de Minke em parceria com o estúdio Craterra - Eslováquia. 
     É com essa visão que surgiu o conceito de Construções Ecológicas, ou Arquitetura Ecológica, nas quais procura-se utilizar materiais alternativos para construção de residências, incluindo as matérias primas naturais, como barro, pedra, galhos e folhas, assim como de material reciclado ou reaproveitado, como garrafas PET, pneus, isopor, paletes, caixotes entre tantos outros, além disso, podem conter outros elementos sustentáveis, tais como os telhados verdes, arquitetura voltada para melhorar a iluminação, energia solar, sistemas de reaproveitamento de água, e também a manutenção térmica, garantida pelo próprio material empregado na construção.

    Outro fato interessante sobre esta modalidade de construção é que ela, comumente, é realizada na forma de mutirão, talvez até pela natureza da obra, focada na simplicidade, o que incentiva o cooperativismo e a colaboração para que o projeto seja bem sucedido, deixando à todos com aquele ar de satisfação.
     
     Inúmeras experiências foram feitas sobre essa modalidade arquitetônica, e os resultados obtidos tem sido muito favoráveis, pois, de maneira geral, essas residências tendem a consumirem pouco capital financeiro, são menos impactantes que as construções tradicionais, permitem o reaproveitamento de materiais, e ainda assim oferecem todo conforto necessário para se viver bem.
   
     Recentemente o site Descubra O Verde publicou um pequeno artigo sobre o Arquiteto alemão Gernot Minke, um especialista em construções sustentáveis e autor do livro Manual de Construcción En Tierra - La tierra como material  de construcción y su aplicación en la arquitectura actual, no qual ele revela seus conhecimentos sobre as técnicas de utilização da terra como material de construção e sua capacidade arquitetônica. Um pouco mais sobre o trabalho desse talentoso arquiteto pode ser visto em seu site: Planungsbüro für Ökologisches Bauen Kassel.
    
  Além de obras complexas, com acabamentos impecáveis que são verdadeiras obras de arte arquitetônicas, Gernot também desenvolve projetos, digamos, econômicos e simples. Essas residências de aparência rustica, que instigam qualquer observador, são perfeitamente habitáveis, pois possuem todas as estruturas necessária para garantir segurança, abrigo, e, ao contrário de alguns comentários que ouvi, não possuem fatores que as tornam sujas e não higiênicas, seu acabamento bem feito isola-a da sujeira externa e de insetos, ou seja, são como habitações tradicionais quanto a esse aspecto, além de possuírem as vantagens citadas anteriormente.

     Mas o que isso tem a ver com o Fugir Para O Mato? É simples! A ideia de se integrar com a natureza   está ligada, também, a ideia de uma vida menos focada nos bens materiais. Mas não precisamos nos desfazer de tudo para viver assim (a menos que esse seja nosso desejo, porque também é possível), o que temos a fazer é apenas nos livrarmos dos excessos que nos tornam esses humanos consumidores vorazes e destruidores.
   
    Logo uma casa simples, oriunda basicamente de materiais encontrados em abundância na natureza, juntamente com o reaproveitamento de materiais que acabariam por poluir o meio ambiente, pode nos dar todo conforto de que realmente necessitamos, sem para isso termos gastado uma fortuna, e depois ainda sermos obrigados a nos trancarmos atrás de grades para termos segurança, uma vez que a riqueza aparente atraí os olhares dos marginais. Além do mais, o que torna uma moradia um lar, não é o dinheiro investido em suas paredes e acabamentos, mas sim a paz e harmônia que podemos encontrar nesse ambiente.

     E então? Alguém se arrisca num empreendimento desses? Compartilhem suas opiniões.

     Estou com o Manual de Gernot, e assim que conseguir estudá-lo - está em espanhol, o que dificulta um pouco - vou tentar elaborar algumas dicas, apontando o que é viável e o que não é, considerando o lugar onde vivemos, também trarei outras opções de moradias ecológicas de baixo custo, exemplos de projetos  bem sucedidos.
   
 

domingo, 26 de maio de 2013

Inspirações II

     Minha segunda fonte de inspiração é o filme 'Na Natureza Selvagem', cujo título original é 'Into The Wild' lançado em 2007, com roteiro e direção de Sean Penn o filme baseia-se em uma história real. Existem vários trechos do filme que merecem atenção especial, portanto vou abordá-los nas próximas postagens, para agora apenas farei comentários gerais a respeito da história.
Foto do verdadeiro Christopher ao lado do Ônibus Mágico - Alasca, 1992.
      Este filme é baseado no livro de mesmo título, Into The Wild, do escritor, jornalista e alpinista americano Jon Krakauer e publicado em 1996, que conta a história vivida por Christopher Johnson McCandless. Iniciei a leitura do livro a pouco tempo, portanto não comentarei a respeito dele, mas posso prever pelas primeiras páginas que o livro será tão empolgante quanto o filme.
   
     No filme, Christopher nascido em 1968, é um jovem de classe média alta dos EUA, que ao terminar a faculdade decide abandonar tudo. Deixou pra trás a sua família, sua casa, doou suas economias do fundo universitário para uma instituição de caridade, livrou-se de seus documentos, e por fim, depois de ter se distanciado do local onde morava, livrou-se do seu carro, aliás um carro velho que gerou uma boa discussão, mas essa merece ser comentada a parte, em outra ocasião.
   
     Sem dinheiro, documentos, meio de transporte, levando consigo apenas algumas peças de roupa, e alguns livros, segue viajando pelo país no melhor estilo mochileiro. Seu plano era ir para o Alasca e lá viver, finalmente, 'Na Natureza Selvagem', agora adotando o pseudônimo  Alexander Supertramp.
Foto do verdadeiro Alexander Supertramp - Alasca, 1992. 
   Durante o filme o jovem expõe a sua visão, conceitos e filosofia de vida, e posso de dizer que muitas refletem meus pensamentos, daí minha admiração pela história. Devo dizer que foi satisfatório descobrir que as citações de Thoreau feitas por Supertramp durante o filme, estavam presentes no livro que estava lendo, além desse autor ser citado como um dos favoritos do protagonista.

     Como se não bastasse as belíssimas imagens registradas em algumas das paisagens mais deslumbrantes, a trilha sonora do filme o torna ainda mais empolgante e emocionante, impossível não sentir desejo de viajar nesses momentos, afinal, como o Supertramp fala no filme "O âmago do espírito humano pede novas  experiências". A trilha sonora do filme foi toda elaborada por Eddie Vedder, e as músicas presentes no filme compões seu álbum que leva o mesmo nome do filme. Eddie já era um de meus artista favoritos, principalmente pelo seu trabalho com a banda Pearl Jam, e sua associação a esse filme reforçou essa admiração. Assistam Eddie Vedder - Guaranteed.

Rio Colorado, navegado a remo por Alex, passando pela Represa Hoover rumo ao México.
Foto real de Alexander Supertramp com o pensamento de Lord Byron representa bem o propósito do Blog.
 
   Os diversos trechos que me chamaram atenção no filme serão explanados nos próximas postagens visto que cada um deles merece atenção especial pois podem traduzir o que pretendo expor com esse blog.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

The Walden Woods Project

    Para manter o legado deixado por Henry, foi fundada uma organização sem fins lucrativos, a The Walden Woods Project, um projeto que promove a ética de gestão ambiental e responsabilidade social, sendo estes os pilares da filosofia de Thoreau.

     Dentre as missões do Organização está a proteção e preservação das paisagens da Floresta de Walden, dado o reconhecimento da sua literatura, e importância ambiental para todo o mundo, e em sua capacidade de motivar os outros a identificar, estudar e proteger os paisagens naturais que existem em suas comunidades. Promove a literatura ambiental e de responsabilidade social entre os alunos, educadores e pesquisadores.
   
    No decorrer dos anos, desde a sua fundação em 1990, essa Organização vem adquirindo várias parcelas de terra no entorno do Lago Walden com a finalidade de preservá-las. Para conseguir comprar essas terras, e manter toda sua estrutura, a organização necessita receber doações e contribuições provenientes  da s associações de qualquer cidadão que tenha interesse em fazê-la.


    A organização mantem ainda uma valiosa coleção de arquivos em sua biblioteca, com o objetivo de ampliar a compreensão da literatura e do legado de Henry. Além de defender a preservação do histórico do do Lago Walden e sua floresta, com seu projeto de advocacia, o projeto pretende transferir esse ideal, e esse conhecimento para que o mesmo possa ser feito em vários locais no mundo todo.

                                                         Thoreau Institute Library Reading Room
      A Biblioteca da organização - The Henley Library -  acolhe voluntários que desejam colaborar com o projeto, no que se pode considerar uma relação mutualística, onde o voluntário contribui com seu talento e tempo para melhorar a qualidade do serviço prestado pela instituição, e em troca tem a oportunidade de ter acesso a documentos históricos, ter acesso amplo a literatura disponível, transcrever os materiais manuscritos, ou seja, oportunidade de ampliar seu conhecimento e contribuir para uma causa tão nobre.     Além de serem apreciados no agradável ambiente da biblioteca, alguns desses importantes documentos podem ser acessados em sua versão digitalizada no site da organização.
   
      World Wide Waldens e Approaching Walden  são algumas das atividades educacionais desenvolvidas pela instituição, esta primeira desenvolve atividades de reflexão e ação ambiental para estudantes de vários níveis inclusive universitários, enquanto a segunda trata-se de um seminário especial de verão destinado a aumentar a experiência de professores. São ministradas também, palestras sobre Manejo Ambiental direcionada pra o público diverso.

     Todas as atividades são conduzidas por guias experientes capacitados a trazerem um maior entendimento sobre o legado de Thoreau.

    A tanto mais para se falar a respeito dessa organização, porém, não pretendo esgotar todo assunto em apenas uma post, pois ele ficaria imenso. Portanto continuem acompanhando as novidades!


terça-feira, 21 de maio de 2013

Natureza Realmente Faz Bem!

      Hoje me deparei com a interessante pesquisa feita por Psicólogos da Universidade de Utah em parceria com a Universidade do Kansas, que vem ressaltar a importância dos benefícios que o convívio com a natureza trás pra as pessoas, como havia exposto nas postagens anteriores. Agora, o que já era obvio para muitos, está comprovado cientificamente.

        Já chegamos num ponto em que é praticamente impossível viver sem ter contato com algum tipo de tecnologia. Ela tem seus pontos positivos sim! afinal nunca foi tão rápido e fácil encontrar informações. No entanto a preocupação vem do fato de estarmos deixando a vida real de lado e focando cada vez mais nessa vidinha virtual.

    É! devem estar achando esse comentário em um blog, mas esse é objetivo, utilizar o  meio de comunicação mais expressivo da atualidade pra divulgar coisas boas. Divulgar pra você, que não consegue mais ficar sem internet durante um dia inteiro, as maravilhas que podemos encontrar além de nossas paredes. Faço agora um desafio a vocês. Ao terminarem de ler o post saiam da frente dessa telinha, desconecte-se, e faça um passeio ao ar livre, reflita sobre o excesso de virtualismo em sua vida. Vamos viver mais do lado de fora!!!


Psicólogos de duas universidades norte-americanas concluíram que passar quatro dias imerso na natureza e sem contacto com equipamentos eletrônicos aumenta a capacidade criativa e de resolução de problemas em 50%.
"Isto mostra que a interação com a natureza tem benefícios reais e mensuráveis para a resolução criativa de problemas que ainda não tinham sido demonstrados", disse um dos autores do estudo, David Strayer, professor de psicologia na Universidade do Utah. Para o investigador, estes resultados provam que "enterrar-se em frente a um computador 24 horas por dia, sete dias por semana, tem custos que podem ser remediados com um passeio na natureza". O estudo de Strayer e dos cientistas Ruth Ann Atchley e Paul Atchley da Universidade do Kansas é publicado na revista científica PLOS ONE, da Public Library of Science, e resulta de uma experiência realizada com 56 pessoas, 30 homens e 26 mulheres, com uma média de 28 anos. Os participantes estiveram, durante quatro a seis dias, em passeios na natureza nos estados do Alasca, Colorado, Maine e Washington, nos quais não era permitida a utilização de aparelhos eletrônicos. Dos 56, 24 fizeram um teste de criatividade com dez perguntas antes de iniciarem o passeio e os outros 32 realizaram o mesmo teste na manhã  do quarto dia de passeio. Os resultados foram claros: as pessoas que já estavam há quatro dias na natureza tiveram uma média de 6,08 perguntas certas, enquanto os outros  tiveram apenas 4,14. "Demonstramos que quatro dias de imersão na natureza, e o correspondente desligamento da tecnologia, aumenta o desempenho em tarefas criativas e de resolução de problemas em 50%", concluíram os investigadores, sem esclarecer se o efeito se deve à natureza, à ausência de tecnologia ou à combinação de ambos os fatores. Os investigadores recordaram estudos anteriores segundo os quais as crianças passam hoje apenas 15 a 25 minutes por dia em atividades de exterior e desportivas, que as atividades recreativas na natureza têm estado em declínio há 30 anos e que, em média, as crianças dos oito aos 18 anos passam mais de 7,5 horas por dia a usar o computador, a televisão ou o telemóvel. "Há séculos que os escritores falam da importância de interagir com a natureza (...), mas não sabíamos bem, cientificamente, quais os benefícios", disse Strayer.
Lusa
       
         Para quem quiser entender um pouco mais sobre a pesquisa acesse também o site  Science Daily http://www.sciencedaily.com/releases/2012/12/121212204826.htm.
       
 

terça-feira, 14 de maio de 2013

A Chuva

   Além de um maravilhoso fenômeno da natureza, de extrema importância para manutenção da vida no planeta, a chuva é também uma fonte inspiradora para a mente fértil dos pensadores. Olhar pela janela e ver as gotas de água refletindo as luzes ao seu redor, faz com que a nossa mente se desligue por um momento do habitat em que estamos, e passamos a nos imaginar vivendo em outro cenário, levando um vida diferente.

Chove ininterruptamente a três dias, e o desejo de não ter compromissos sociais, profissionais, obrigatórios,  aumenta  consideravelmente. 
Não! Não detesto a chuva, gosto dela, o que não gosto é da obrigação de ter que acordar cedo num dia chuvoso, e correr para o trabalho - mesmo que o considere um bom trabalho - e cumprir com outras obrigações sem  ter o devido ânimo para fazê-las por conta da morosidade letárgica a que nos remete os dias chuvosos.

   Mas mesmo vivendo em meio a natureza, sem vínculo empregatício com ninguém, a não ser com as próprias necessidades de sobrevivência, é certo que teríamos compromissos, e também a necessidade de trabalhar, a diferença está em como isso ocorre. Afinal como seria um dia chuvoso para alguém que vive da forma mais natural possível?   Pois bem, baseando-me no que já li,  vi, ouvi, e conheço a respeito disto, posso descrever como seria.

  Imagine-se despertando de uma boa noite de sono logo ao  amanhecer, no momento em que percebe que lá fora cai uma bela chuva torrencial, o que viria em mente nesta hora? Uma simples checagem mental, questionando-se do seguinte: Tenho alimentos pra o dia de hoje? Há alguma atividade que não possa ser adiada por um dia ou dois, como por exemplo a colheita de algum fruto, ou o plantio de alguma semente destinada a prover o sustento futuro? Há algum reparo emergencial a ser feito em seu abrigo - que no meu caso será uma cabana - que não possa esperar a estiagem?

   Confirmando que não há necessidade de se fazer nenhum trabalho com urgência, ou com prazo inadiável pensamos "Porque não continuar dormindo por mais algumas horas?" E depois, acordar a qualquer momento, alimentar-se, ler um livro, fazer alguma tarefa em sua cabana, e caso a chuva não seja tão intensa, por que não sair em um passeio  pela mata, sentindo os pingos d'água caírem suavemente sobre seu corpo.

   Muitos podem considerar essa ideia como uma atitude de um vagabundo, pois não é! Chamo a atenção para a necessidade de termos que trabalhar em qualquer situação, porém, existe uma grande diferença entre trabalhar para se manter vivo, livre e satisfeito, e trabalhar para produzir lucros à terceiros, privando-se assim da própria liberdade em troca de um salário que acaba não satisfazendo nem mesmos suas necessidades, as quais, indiscutivelmente, são maiores para vida de um urbanóide, do que para alguém que vive da natureza, com a natureza.
   

domingo, 12 de maio de 2013

Alternativas Para o Dia A Dia

         Mesmo sem abandonar completamente a vida urbana temos opções de lazer junto a natureza, onde podemos nos distrair e imaginar como poderia ser essa realidade de viver mais ao natural.
    
  Na maioria das cidades podemos encontrar Parques Ecológicos, praças públicas, zoológicos, lagos, rios, áreas de acampamento, sítios, entre outros atrativos do gênero, muito embora eles sejam um pouco escassos, e até mesmo desprezados pela maioria, a sua contribuição para melhorar a qualidade de vida de quem aprecia tal paisagem.
  Esses locais são ideais para serem frequentados ao final de um dia cansativo de trabalho, e também nos finais de semana. E como é agradável a sensação de tirar os calçados e sentir a grama fresquinha entre os dedos, é possível sentir a energia fluindo do corpo para a natureza, aliviando a pressão que stress urbano nos causa. Tão bom é dedicar um tempo apenas para observar a paisagem, respirar profundamente o ar puro, admirar uma árvore, perceber os detalhes tão peculiares de sua estrutura, assistir de camarote as atividades cuidadosas e engenhosas que os animais desenvolvem corriqueiramente. 

 Há ainda a possibilidade de integrar a natureza com outros hobbies como pedalar, correr, nadar, praticar rapel, escaladas, percorrer trilhas, acampar, fotografar, desenhar, pintar, até mesmo escrever, que tal apenas reunir-se com os amigos para conversar, sem músicas, sem bebidas, ou seja, sem ter a sensação de estar num bar a céu aberto - não é que me oponho a isto, mas há um momento e lugar para tudo.

   Agora é só seguir as dicas, e com um pouquinho de determinação, logo logo estará cada vez mais integrado à natureza, e respirando o ar puro com maior frequência. 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mas fugir do quê?

  A mente humana ainda não foi completamente decifrada, e possivelmente nunca será. O que sabemos é que ela é muito frágil, existindo inúmeros fatores que produzem avarias a esse sistema tão complexo que é o nosso cérebro. A maneira como a humanidade está organizada socialmente, economicamente, culturalmente, e geograficamente, está contribuindo fortemente para o desenvolvimento desses fatores.

   Basta parar e analisar o seu dia a dia, quem de vocês pode admitir, com sinceridade, que não passou por nenhum momento estressante neste dia? Quantos de vocês convivem com essas perturbações diariamente? Bem, as respostas eu já sei quais serão, afinal o meu dia a dia não difere muito da quase totalidade da humanidade, ou seja, trabalhar, estudar, enfrentar o transito, convivência familiar, outros relacionamentos e assim por diante. E em cada uma dessas atividades ficamos expostos a diversas tipos de deterioração psicológica, emocional, e física, causando prejuízos a nossa frágil mente.  

    Mas estamos acostumados a isso, ou melhor, estamos acomodados com relação a isso. Pois não deveria ser assim! O que aconteceu com nossa qualidade de vida? Porque não pensamos mais nisso? Será que temos realmente a vida que gostaríamos de ter? Com a qualidade que merecemos/precisamos?


   Esse blog é pra vocês, que compartilham o meu ideal de viver de uma forma mais natural para termos uma qualidade de vida realmente boa. Talvez morar no mato possa parecer extremo demais, e não acho que todos devam fazer isso  mesmo ou, do contrário, só mudaríamos a sociedade de lugar, mas dar uma passada por lá certamente será benéfico a nós.

   Além da ideia principal de viver junto a natureza, trarei algumas reflexões a respeito da liberdade que tantos procuram, e pouquíssimos encontram.

   Pra finalizar quero dizer que o objetivo principal deste blog não é reclamar. As queixas apenas servirão de base para as dicas de como viver melhor.


terça-feira, 7 de maio de 2013

Inspirações

   Bem, vamos começar falando sobre uma das fontes inspiradoras pra criação do blog, o livro 'Walden - Ou A Vida Nos Bosques'.

   Este livro foi escrito pelo Filósofo e Naturalista Henry David Thoreau (*1817 +1862), e seu título original é 'Walden or life in the woods' com sua primeira edição lançada em 1984.
   Neste livro Thoreau relata sua experiência em deixar os confortos da vila onde morava em Concord, Massachusetts, para viver na floresta. Nesse momento vocês devem achar que ele resolveu viver como um selvagem em uma caverna ou algo semelhante, pois não foi o que ocorreu. 
   
   Determinado a conseguir provar que uma pessoa poderia obter uma casa confortável, gastando pouquíssimo dinheiro, tendo assim que trabalhar o mínimo necessário para a obter, assim, lançou-se em seu próprio desafio. E todo o esforço e gastos para obter tal regalia estão minuciosamente descritos em seu livro. 

   É a sua história vivida na floresta, as margens do Lago Walden, que me fez refletir várias vezes acerca desta atitude. Os relatos de suas experiências e percepções sobre o mundo a sua volta são impressionantes.

   Mas o resultado final dessa experiência, e as conclusões do autor, só irão saber aqueles que lerem o livro. Recomendo!
Ele está disponível na internet para compra, e também para download em PDF.

  Em breve trarei mais informações sobre o Parque onde fica o Lago Walden, e de projetos desenvolvidos lá.

Início

  Dei início a construção desse blog hoje, portanto, você que acidentalmente o acessou não encontrará outras postagens, mas não me percam de vista, logo logo estarei divulgando aqui meus pensamentos, conhecimentos, e ideais acerca da vida que levamos, dos sonhos que temos, além de divulgar conhecimentos científicos relacionados à isso. 
Abraço, até a próxima!