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domingo, 20 de outubro de 2013

Andar A Pé

       Andar A Pé! Título da obra Henry David Thoreau que relata uma de suas formas de contemplação da natureza através de de uma atividade que vem, aos poucos, sendo desprezada pelas pessoas, apesar de seus benefícios serem de conhecimento de todos.

     Caminhar ainda é direito de todos, é gratuito, e não requer treinamento. Logo, não há desculpas para não praticar essa atividade. Thoreau demonstra que certas contemplações só podem ser feitas através de uma caminhada, e ele está certo disso. Pois quando caminhamos por algum lugar prestamos mais atenção aos detalhes das paisagens, existe uma maior interação com o meio, e é isso que faz essa atividade ser tão agradável.

        Lembro das caminhadas que, junto com os amigos, fazia em tempos passados. O passeio que nos levava a casa de nossos amigos do interior era sem dúvidas divertido e inspirador. Percorrendo as estradas rurais conversávamos sobre diversos assuntos, e cada mudança de paisagem, cada cenário novo inspirava um novo diálogo. Hoje, apesar de limitar minhas caminhadas ao perímetro urbano, continuo realizando meus passeios, descobrindo novos lugares, conhecendo outras pessoas, e sempre há algo de interessante nesses caminhos, que mesmo já conhecidos, estão sendo agora, descobertos por uma nova pessoa.

       Por comodidade as pessoas, em sua maioria, está deixando de andar a pé, seja andar apenas por andar, sem rumo, sem um destino traçado, ou até mesmo caminhas para ir a determinado local, mesmo que este seja muito próximo do local de partida, e isso sem dúvida é um desperdício de uma ótima atividade.  Muito estão limitando suas caminhadas no trajeto de suas cadeiras até seus carros e destes para outra cadeira.

       
         Caminhar amplia a nossa percepção sobre aquilo que nos cerca, nos dá sessação de liberdade, pois não precisamos seguir um caminho construído, ou mudar de direção apenas onde é permitido, andando a pé nós traçamos nosso caminho da maneira que nos convém. Caminhem! Seja pelas ruas, calçadas, trilhas, na praia, no mato, ou na cidade, mas não fiquem parados. Caminhem! Seja com destino determinado ou a esmo!
      "Sentimos que aqui nas cercanias quase só nós praticamos esta nobre arte, muito embora, para usar de franqueza, a maioria dos citadinos, a julgar pelo que afirmam, gostariam de, como faço, caminhar de vez em quando, mas não podem. Nenhuma fortuna é capaz de comprar os requisitos lazer, liberdade e independência, que são essenciais nesta profissão."
 Thoreau, H. D. - Andar A Pé

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sem Pressa

     Parar e relaxar é uma prática muito importante para mantermos a nossa boa saúde mental e emocional, na postagem anterior comentei a respeito da pratica de descansar, e afastar-se por um instante de todos os tipos de pressões, mas existe ainda uma outra forma de levarmos nossa vida mais leve.

       Viver sem pressa, essa é a proposta do Slow Down Attitude, uma nova cultura que tem por objetivo frear a nossa vida, permitir realizar nossas atividades sempre com calma, e manter a cabeça fria quando em situações adversas. E vai ainda mais além da atitude de manter a calma. Esse novo conceito cultural estimula atitudes mais humanistas nos relacionamentos interpessoais, e a retomada de alguns valores antigos usurpados pelo estilo de vida moderno desenvolvido com a globalização, retoma a importância de aproveitarmos o tempo livre e relaxar.

     O Fugir Para O Mato surgiu com um propósito semelhante, sendo utilizado tanto em seu sentido figurado, fugindo apenas mentalmente ou temporariamente, quanto no sentido real de realmente deixar a vida urbana moderna de lado para viver junto a natureza e desenvolver-se com ela, ao ritmo natural da existência de cada ser vivo.

      Praticar a Slow Down Attitude pode parecer muito difícil, no entanto, se a considerarmos como uma mudança lentamente gradativa, veremos que é mais fácil do que se imagina, e digo isso por experiência própria, de alguém que passou da personalidade característica de nitroglicerina para um indivíduo mais tolerante e calmo, e  por conseguinte, muito mais feliz.

        Como ponto inicial devemos ter em nossas mentes a consciência plena de que alguns fatos independem de nós, e que nada que façamos poderá mudá-los, só não podemos confundi-los com aqueles que  podemos controlar, e quanto a esses, não devemos nos tornar um mártir deles. Uma cobrança menos intensa sobre nossa perfeição é o que pode nos tornar ainda melhores, e não ao contrário, pois a pressão de uma cobrança extremamente rígida nos induz, na grande maioria das vezes, a cometer erros, que seriam evitáveis se agíssemos com mais calma.

     É muito comum ouvir as pessoas dizerem "Porque é que quando estamos com pressa, parece que tudo dá errado!". Talvez seja porque realmente as coisas não ocorrem da maneira correta mesmo. Quando estamos com pressa, normalmente passamos a agir de forma mais mecânica do que lógica, por tanto a probabilidade de cometermos alguma falha é muito grande. Logo é importante reservarmos um instante antes de começar qualquer atividade, mesmo que está esteja no limite de prazo, para pensarmos na melhor forma de realizá-la, e só então dar início de forma calma, porém bem planejada.

     Nem sempre o que irá determinar o tempo de execução da atividade é a velocidade com que a realizamos, mas sim a maneira como a conduzimos. Um trabalho bem planejado normalmente sairá bem feito, assim, percebemos que a calma é chave para os bons resultados.

      "Fazer devagar e bem feito" Acessem esse link e vejam um exemplo de como a Slow Down Attitude é algo praticável e que produz apenas benefícios aos praticantes. Não corra, não tenha pressa, aproveite cada momento, relaxe, e os bons resultados acontecerão.