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domingo, 25 de junho de 2017

O Ser Sob Influência

        É espantoso observar o quanto podemos mudar nossas atitudes quando nos vemos inseridos em um determinado grupo, e o quão difícil é manter-se sóbrio em relação ao nosso verdadeiro ser. Aquele que sempre se sobressai quando estamos a sós, isolados com nossos próprios pensamentos reflexivos.
     Em muitos casos a incorporação de caracteres do grupo é benéfica, pois com eles podemos evoluir, ampliar nossos conhecimentos, melhorarmos como indivíduo de uma sociedade. No, entanto, é preciso destacar que vivemos em mundo que tende a discórdia, onde o indivíduo tem sido considerado prioridade à coletividade. 
     E nesse meio hostil, raramente conseguimos obter alguma elevação do pensamento, e ao contrário, devido ao excesso de "ataques" ao nosso ponto de vista, passamos a revidar da mesma forma desmedida com que vêm agindo a grande maioria, sem preocupar-se com os consequências de suas palavras e atos. Até parece que perdemos nossa capacidade de raciocinar, nos unimos a outros para causar discórdia, antes mesmo de analisarmos a fundo a situação.
      Assim é que reforço a ideia de que devemos permanecer algum tempo a sós, longe das pessoas, afastado das mídias sociais (logo farei outros posts sobre isso). Termos um momento um momento individual para reflexão sobre nossas atitudes do cotidiano, sem a influência da opinião alheia.  Devemos "Fugir para o mato" sempre que possível.
      Isso é um grande desafio neste momento em que vivemos cercados de "pessoas virtuais", praticamente 24 horas por dia, sempre expondo suas vidas e suas opiniões, sem sequer refletir sobre estas por alguns minutos, tudo precisa ser imediato, instantâneo e descomedido.
     Devemos voltar a pensar por nós mesmos, com nossos próprios cérebros, sem a influência nefasta desses indivíduos que propagam o ódio acima de tudo. 
      É preciso manter nossa mente serena, e para isso ela não pode estar sobrecarregada de informações inúteis. 
     Nessas "meditações" é que conseguimos aprender a ouvir nosso verdadeiro ser interior, e aos poucos não mais estaremos sob influências decadentes, podendo rebatê-las com tudo que temos de bom, influenciando beneficamente todos com quem convivemos. 


domingo, 21 de agosto de 2016

Individualismo

  Confronto aqui algumas ideias expressadas anteriormente, trazendo-lhes uma nova reflexão.
Henry D. Thoreau
   Quem acompanhou o blog desde sua gênese pode perceber que tenho grande admiração por indivíduos como Thoreau, McCandless, entre outros que tem em comum uma história de viver ou tentar viver isolados do restante do mundo, e não posso deixar de admitir que em muitos momentos tenho esse desejo aflorado da essência de meu ser. E é então que surgem meus pensamentos, digamos, "contraditórios". 
   É fato conhecido que muitas das tentativas de vida solitária acabam fracassando em um determinado momento, sem contar que em muitos poucos casos é possível classificá-las como essencialmente solitárias, considerando que, na grande maioria das vezes, existe a presença de outros indivíduos envolvidos que, por menor que seja sua participação, contribui para o bom andamento das experiências desses admiráveis aventureiros.
   Se por um lado o indivíduo solitário acaba adquirindo maior resistência, experiência e consequentemente autonomia, por outro lado nenhum ser solitário é capaz de superar a resistência proporcionada por uma comunidade, é lógico que não se pode considerar qualquer sociedade, é preciso que esta esteja reunida em prol de um propósito comum, e não apenas uma agrupamento de pessoas com atitudes individualistas.

    Mas o que é que nos faz então, querer isolarmos de todos os outros? Pois bem! Em alguns casos ficou claro que isso servia apenas para mostrar que o indivíduo era capaz de tal feito. No entanto, na maioria dos casos, percebo eu, esses indivíduos simplesmente cansaram-se de tentar viver em uma sociedade que não foi capaz de atender, e nem ao menos entender, a sua maneira de ser. Nota-se nessas celebres figuras uma grande resistência ao modo como a nossa sociedade tem agido, e na impossibilidade de criar uma nova sociedade condizente com suas "ideologias", preferem eles partir e viver a sua maneira mesmo que solitariamente.
Fonte
   Essa desistência da comunidade, ao meu ver, trás apenas prejuízos, pois considero que a forma de ver o mundo desses solitários costuma ser muito mais benéfica a humanidade do que a atual concepção de sociedade que temos. Em contrapartida o indivíduo passa a ser desconsiderado pela grande maioria que não foi capaz de compreender, ou simplesmente respeitar sua maneira de pensar.
    Agora me vem ao pensamento um novo paradoxo. No atual modelo social já somos todos solitários e individualistas, a única diferença é que não saímos mundo a fora, nem construímos uma cabana na floresta para viver a sós, somos solitários na multidão! Vivemos um verdadeiro "Individualismo de Massa".
    Somos individualistas ao ignorarmos a maneira de ser e de pensar dos demais!
Somos solitários pois não somos capazes de debater profundamente e de forma sadia nossas ideias pessoais!
Somos individualistas querendo superar os outros a todo momento!
Somos solitários por não buscarmos o bem comum!
Somos individualistas quando recusamos compartilhar nosso conhecimento!
Somos solitários porque o sistema nos quer assim, pois assim somos fracos!
Fonte


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Poderes

    Escrevo novamente sobre o consumismo pois estou convencido de que este é o principal problema de nosso mundo, é a raiz dos demais
Fonte
    Em que você pensa na hora de comprar um produto qualquer ? Em suas reais necessidades ou na expectativa proporcionada pelas propagandas? No que é essencial ou no ideal do exibicionismo? Em quanto dinheiro vai gastar ou no quanto vai realmente custar? Como avalia a necessidade de suas posses materiais? Com reflexões interiores sobre essencialidade ou no que é refletido externamente pela sociedade?
http://www.risasinmas.com/consumismo/
    O que observo na sociedade atual é que avalia-se somente o valor monetário das coisas. Nessa lógica, compra-se tudo o que está na promoção - ou mesmo com preços "normais" - independente da necessidade real, mas apenas para satisfazer o seu ego, e demonstrar o poder compra. Mas nós podemos decidir qual poder utilizar, o poder de compra ou poder de escolha. Nós apenas vivemos em um mundo, ou melhor, num sistema capitalista e, consequentemente, consumista, mas não...Não somos obrigados agir como tais! 
Fonte
    É senso comum dizer: "Quanto mais ganha (dinheiro), mais se gasta", porém não precisamos fazer disso uma regra. E é aqui que entra um dos problemas provenientes do consumismo, a "insatisfação salarial" - principalmente aquela que ocorre sem a menor necessidade de existir - que leva a infelicidade, e ocasionando vários outros problemas (serão tratados em postagens futuras).
Fonte
   Mais afetados ainda são os que, considerando os gastos essenciais, tem motivos reais para estarem insatisfeito com os ganhos, pois na convivência, praticamente inevitável, com uma sociedade consumista, acabam sendo contaminados pelo vírus das compras desnecessárias, pelo desejo pelos bens inúteis, o que só faz reduzir ainda mais a quase  insuficiente renda que possuem.
  
  
Fonte

Isso tudo é numa tentativa de atingir, ou simplesmente aparentar atingir, níveis ou classes consideradas superiores, numa escalada de poder cujo cume jamais será atingido, pois, com essa perspectiva ambiciosa do "poder de compra", do status, não existe um limite, e assim, não importe quanto dinheiro possua o indivíduo, ele irá querer sempre mais, e nunca alcançará o seu objetivo, não importando a classe econômica a que pertença.
    
    É por isso que cada indivíduo deve lutar contra esse truque sujo e manipulador criado pelo comércio e seus beneficiários - os ditos detentores do poder econômico -  que impregnou na população a necessidade de obter, sobre tudo, bens materiais como o fator que determina a qualidade de vida. 

    Ouso dizer ainda, que é dessa mesma fonte perversa que surgiram todos os demais padrões que as pessoas buscam incomensuravelmente alcançar, sem saber que os modelos à que seguem são tão infelizes quanto os que almejam tal posição, pois quando se age com essa ideologia capitalista/consumista, a imagem transmitida é mais importante do que qualquer sentimento real, nesse sentido, o que importa é o que o indivíduo tem.

Não devemos abrir mão do nosso poder de escolha! 
Afinal é o seu suor que está fazendo essa máquina abominável funcionar!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

De Grau Em Grau

    A conferência do clima das Nações Unidas segue gerando diversos conflitos entre os representantes da população mundial, durante a difícil missão de "tentar resolver" um dos principais problemas ambientais desta era.

  É notável a pressão exercida pelas ONG'S, sociedade organizada, instituições de pesquisas, e da população em geral, para que os nossos representantes possam chegar a algum acordo efetivamente viável para sanar o problema em questão. Problema esse causado por todos nós.

   O governo, e as grandes corporações, enquanto detentores do "poder" e dos recursos financeiros necessários para por em prática as ações mitigadores devem, sem dúvidas, ser responsabilizados pela iniciativas, devem ser os principais atores, no entanto, devemos nos perceber como parte, tanto da causa, quanto da solução.
   

    Com uma população de aproximadamente 7,3 bilhões de humanos, não podemos ignorar o fato de que nossas ações individuais são muito significativas quanto aos seus efeitos na biosfera. Nós alimentamos esse sistema, ao mesmo tempo em que somos moldados por ele. Não esqueçam de multiplicar cada ação pelo número total de habitantes, e tente conceber o proposto abaixo:

  • Deixar o carro em casa e usar um transporte alternativo;
  • Deixar de comer carne 1 ou 2 vezes por semana;
  • Desligar o ar condicionado e abrir as janelas;
  • Plantar um árvore no seu quintal, ou no terreno baldio;
  • Contribuir com reciclagem;
  • Consumir somente o necessário;
  • Participar da tomada de decisões sobre aquilo que afeta a todos.
   Isso apenas para exemplificar - uma rápida pesquisa na web vai lhe apresentar inúmeras formas de contribuir para um meio ambiente mais saudável.

    Ou seja, de nada adianta algumas centenas de cabeças articularem ações baseadas em modelos estatísticos e projeções cientificamente bem embasada e precisas, se nós, enquanto seres vivos componentes desta biosfera, continuarmos com os velhos hábitos errôneos que nos trouxeram a beira desse abismo. Temos a obrigação de preservar o nosso lar. 
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"Eu (1) não vou mudar o mundo, 
você(1) não vai mudar o mundo, 
nós (7,3 bilhões) podemos mudar 
...mudar nossas atitudes...
e o mundo estará mudado!"


    

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Liberte-se Das Mídias

       Finalmente saiu!

   Já faz algum tempo que não escrevia nada aqui, e um dos motivos é o fato de estar a um ano sem internet em casa, e também porque estava a refletir muito sobre o que escrever, pois não quero que este seja um blog de lamentações e que leve o leitor ao desespero, quero apenas passar boas mensagens, e compartilhar bons exemplos.

   Desde que passei a morar sozinho tenho conseguido por em prática alguns hábitos que condizem mais com minhas vontades do que com as práticas comumente praticadas pela sociedade. Venho tentado viver a moda da Simplicidade Voluntária.
"Ligo o rádio e ouço um chato que me grita nos ouvidos..."
   A utilização reduzida das mídias trouxe um grande alívio a minha mente. Estou sem TV, sem internet, e evito ligar o rádio - pois prefiro ouvir somente aquilo que me agrada. É claro que ainda disponho de meios para acessar a internet, como no trabalho, ou a internet pública disponível aqui na Praça Das Figueiras, mas esse acesso limitado me permite ocupar meu tempo de uma maneira mais diversificada.

  Dias atrás passei a utilizar a internet com um pouco mais de frequência devido à uma necessidade mais pontual, e então aproveitei para reavivar um pouco do velho hábito de passar um bom tempo lendo as bobagens disponíveis nas redes sociais, o resultado...Decepção! 

Na visão de quem cria os conteúdos da televisão!
   Essa liberdade de expressão que conquistamos deveria ser melhor aproveitada, não é possível que com tantas coisas boas para compartilharmos, preferimos ficar discutindo assuntos banais, criando longas discussões para definir com qual cor o céu fica mais bonito. 

  O que deveria ser apenas uma exposição de preferências particulares acaba por transformar-se num discurso de ódio e aversão. Já não se vê mais a expressão "eu não gosto de...", ela foi substituída por "eu odeio..., e odeio quem gosta também...". Um senso crítico, talvez despreparado, consegue encontrar defeitos até mesmo nas melhores coisas, ou quem sabe seja apenas a velha "dor de cotovelo", que não permite que as boas atitudes sejam consideradas com tal (resumidamente).

Fonte: Café, Livros E Crivos
   No entanto, tudo se resolve com o equilíbrio, a internet é muito útil sim, basta saber o que fazer com ela, e mais importante, é preciso ter a consciência de que é você quem a comanda e não o contrário. 

   Então, evite voltar sua atenção para as más notícias, elas estão sempre presentes, e em maior número do que as boas, porque o sistema quer que sintamos medo, querem nos deixar tristes, porque isso nos torna alvos fáceis, manipuláveis. 




Isso é o que importa!
  


Ignorar certas coisas não nos tornará alienados, mas talvez aliviados. Vamos divulgar as coisas boas que o mundo nos oferece, e melhorar as que precisam, incentivar as pequenas e simples atitudes que tornam nossas vidas mais felizes.


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Contato Com O Natural

     Muitos costumam chamar de retrocesso, ou contra evolutivo, essa ideologia de querer distanciar-se da modernidade, mas aos poucos acabamos percebendo que essa é uma nova evolução, com tendência a melhorar as nossas vidas.

Mirante No Parque  Natural Da Atalaia - Itajaí - SC
    Não é apenas a nostalgia que está levando algumas pessoas a voltarem praticar os costumes antigos, mas sim uma percepção de que o novo, como é, não está agradando. Novas culturas, novos hábitos, novas atitudes, que quase sempre, se comparadas com outras épocas, parecem ser menos satisfatórias.

    Alguns prazeres da vida foram substituídos por outros, que agora, nem sempre causam bem estar, ou que então, são tão exaustivos, e acabam não compensado o bem recebido ao final. Nas cidades, gasta-se tanto tempo no trânsito para chegar em qualquer lugar, que por mais que o objetivo seja a diversão, certamente haverá um sensação de desconforto, sem contar as incansáveis filas, para se fazer absolutamente tudo é preciso enfrentá-las.

Cachoeira No Rio Gonçalves Dias
Capitão Leônidas Marques - PR
    Felizmente ainda existem as alternativas, muito mais agradáveis, e realmente prazerosas. Felizmente algumas das atividades de lazer, as que verdadeiramente nos trazem alegria, são gratuitas, pouco procuradas pela maioria, o que proporciona maior tranquilidade. 

Nesta época de verão, por exemplo, em que as praias principais estão sempre lotadas, sempre ainda existem as praias isoladas, para se visitar, ideal pra quem quer um pouco mais de sossego.  Não é difícil encontrar uma cachoeira, ou algum rio, ideal para os banhistas, próximo as cidades. Parques naturais não recebem muita publicidade, mas eles existem! E é excelente gastar, ou melhor compartilhar um pouco de energia, numa trilha em meio a mata. 


Parque Natural Raimundo G. Malta - Bal. Camboriú - SC
     Passar uma tarde de Domingo em um parque, à sombra das árvores é sem dúvidas muito melhor do que perambular em um shopping esbarrando numa multidão de consumidores, pra enfrentar um longa fila na bilheteria do cinema, e pra completar gastar muito comprando alimentos super faturados e de péssima qualidade nutricional nas famosas redes de fastfood. 
    
            Enfim, a escolha é livre, opte pelo aquilo que realmente te fará bem, pense bem antes de sair para o lazer, você não precisa fazer aquilo que todos estão fazendo, crie sua própria diversão. Mas eu aconselho: Vá ver o mundo com seus próprios olhos!

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Experiências II

          Não vou apenas relatar a minha experiência de viver sozinho pois isso não é nada de extraordinário, isso será apenas uma referência para melhor compreensão. O importante é demonstrar que podemos muito mais do que pensamos ou do que dizem que podemos ser.
    
    A dois meses mudei de Cidade, de Estado, de emprego e com isso muitas outras coisas também mudaram. Morando sozinho, distante do tradicional grupo social, distante da família e amigos tornou-se mais...digamos...tranquilo a prática de alguns bons hábitos.

    Conforme mencionei anteriormente noutro post, essas pessoas mais próximas costumam exercer grande influência em nossa vida, e na maioria das vezes são boas influências, entretanto, algumas conceitos não condizentes com nosso pensar individual nos são  forçosamente impelidas, como que se o que pensamos fosse errôneo.

Um lugar para descansar, um violão e alguns livros para relaxar
     A cultura do excesso como requisito para o conforto é um dos grandes fatores modernos de conflito. Antes mesmo de deixar o antigo lar já ouvia conselhos a respeito de uma enorme lista de objetos "indispensáveis" que teria que adquirir.

    Mas é necessário peneirar essa lista "tradicional", não por motivos financeiros, já que manter o status de financeiramente bem sucedido parece ser o principal motivo que nos leva ao excesso de bens materiais, mas sim como esforço para mudar as tendências que tem-se mostrado falhas. Reduzir a compra de tantas 'coisas' é também uma atitude sustentável, uma forma de melhorar toda sociedade (em breve farei um post explicando esta afirmação).
Fonte: ICMBIO

    Outro mito a respeito das dificuldades da vida solitária, diz respeito a alimentação. As pessoas pensam que não são capazes de cozinhar, mas isso não é tão difícil assim. É lógico que não se pode comparar um cozinheiro estreante com um Chef de culinária, ou com suas mães e avós que possuem tantos anos de prática que as tornam  mestres nessa arte.

   E mesmo sem ter tido lições de culinárias, nem praticado antes, estou conseguido sobreviver muito bem, e mantendo uma alimentação saudável, bem distante das típicas guloseimas consumidas pela maioria dos que se encontram em condições similares as minhas.

    Nas próximas postagens detalharei cada uma dessas mudanças...