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sábado, 14 de setembro de 2013

Em Busca De Um Sentido

       Encerrada a leitura do livro Na Natureza Selvagem, sinto-me apto a fazer alguns comentários sobre a experiência marcante, e sobre ele mesmo, o aventureiro Christopher Johnson McCandless (Alexander Supertramp).

  Um dos aspectos mais interessantes do ser humano é a sua capacidade de interpretar os fatos a sua maneira e assim desenvolver suas próprias conclusões, suas teorias, embora nem sempre de forma sensata e tampouco correta, mas que quando bem explanadas, essas ideias podem alimentar boas discussões em busca da explicação mais plausível.


  Após o corpo de Chris ser encontrado pelos caçadores inciou-se uma grande especulação sobre o ocorrido, e nessas horas o que não faltam são opiniões das mais diferentes formas possíveis, algumas bem embasadas, outras quase nada, algumas puramente emocionais e outras baseadas nos conhecimentos de quem realmente entende o objeto em questão.

     O fato de Alex ter deixado sua família, da forma que o fez, mantendo-se incomunicável, é visto por uma grande parcela das pessoas como um ato egoísta de rebeldia sem sentido, no entanto se analisarmos o propósito da odisseia que ele criou, e a maneira como seus pais agiram diante da situação, fica claro que ele não teria outra forma de seguir em frente, não fosse desaparecendo sem deixar rastros.



     Dizem os matutos mais experientes que Supertramp não estava, de forma alguma, preparado para encarar um aventura tão perigosa. De fato ele não estava, nas de uma certa forma porém, estava certo do que queria. É obvio que teria sido mais fácil se tivesse ele todos os petrechos apropriados para uma aventura no extremo selvagem, mas os relatos conhecidos indicam claramente que ele não queria assim. Afinal, como provar que a experiência de viver da natureza seria possível se ao mesmo tempo em que fosse viver de maneira selvagem, levasse com ele todos os equipamentos modernos que permitir-lhe-iam sua sobrevivência?

    Em que estado estava a sanidade mental de Chris quando partiu para essa jornada sem regresso, ainda é motivo de discussões. Independentemente disto ele nos proporcionou uma visão crítica e autoavaliativa sobre a maneira como vivemos, pensamos e agimos. Sua negação a sociedade é vista como algo impossível de se conceber, e é um pouco contraditória de fato, mas é compreensível se conseguirmos analisar os verdadeiros motivos. 


   Se analisarmos a convivência de um ângulo diferente, veremos que muito daquilo que fazemos não está certo, e que estamos apenas nos enganando, seguindo os passos de outros ao invés de traçarmos nossos próprios caminhos.

   Não precisamos fazer o que Supertramp fez para atingirmos essa percepção sobre a humanidade, basta refletirmos e mudarmos, talvez assim, poderemos desenvolver uma nova forma de sociedade, com mais ênfase no fator humano do que fator material, tal como é o presente.

Ônibus Magico - Abrigo de Supertramp durante sua estadia no Alasca                 Fonte: Na Natureza Selvagem
   A morte de Chris jamais poderá ser visto como uma perda tola e evitável, mas sim como um marco para uma mudança, e antes de tentarmos entender os anseios intimo desse jovem aventureiro devemos compreender a mensagem que ele pode transmitir ao mundo através de sua odisseia mortal. 

   Supertramp não foi o único, e muitos outros apareceram para tentar nos mostrar que que a humanidade está empreendendo um grande esforço para obtermos aquilo de que não precisamos.

2 comentários:

  1. esse filme é fantastico, inspirador... amanhã começo o livro!

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  2. He ruin the house supplies near the bus, he got money in his wallet and lots of ID, he couldn't dry the muse meat, he eat poisonus potatoe seeds, he died.

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